When the benefits of surgery do not outweigh the harms or where they do not clearly do so, surgical interventions become morally contested. Cutting to the Core examines a number of such surgeries, including infant male circumcision and cutting the genitals of female children, the separation of conjoined twins, surgical sex assignment of intersex children and the surgical re-assignment of transsexuals, limb and face transplantation, cosmetic surgery, and placebo surgery.

It can seem incoherent to fully characterize fundamentality in terms of grounding, given that the fundamental is precisely that which cannot be fully characterized independently. I argue that there is no such incoherence.

DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E DIFERENCIAÇÃO SEXUAL -/- E. I. C. da Silva Departamento de Agropecuária – IFPE Campus Belo Jardim Departamento de Zootecnia – UFRPE sede -/- 1.1 INTRODUÇÃO O sexo foi definido como a soma das diferenças morfológicas, fisiológicas e psicológicas que distinguem o macho da fêmea permitindo a reprodução sexual e assegurando a continuidade das espécies. Os processos de diferenciação sexual são realizados durante o desenvolvimento embrionário, onde ocorre a proliferação, diferenciação e maturação das células germinativas e primordiais, precursoras (...) de ovócitos e espermatozoides em fêmeas e machos, respectivamente. Assim, os embriões machos e fêmeas iniciam o seu desenvolvimento de forma semelhante, de modo que em ambos os sexos se estabelecem em estruturas idênticas a partir das quais se formarão os órgãos reprodutores correspondentes a cada sexo. O conhecimento da origem e do desenvolvimento do aparelho genital é indispensável para entender sua função e as alterações que produzem infertilidade ou esterilidade. 1.2 DETERMINAÇÃO DO SEXO CROMOSSÔMICO Nos mamíferos, o sexo cromossômico é determinado no momento da fertilização, quando um óvulo, que contém um cromossomo X, é fecundado por um espermatozoide portador de um cromossomo X ou um cromossomo Y. No primeiro caso, o complemento cromossômico seria XX, o que originaria uma fêmea (sexo homogamético), e no segundo daria como resultado um macho com a fórmula cromossômica XY (sexo heterogâmico). 1.3 A GÔNADA INDIFERENCIADA A primeira manifestação das gônadas se aprecia no embrião em forma de um par de eminências longitudinais chamadas cristas ou dobras gonodais, situadas em ambos os lados da linha média entre os mesonefros (rins em desenvolvimento) e do mesentério dorsal. Nos embriões dos mamíferos, as células germinativas primordiais (CGP) manifestam-se em estágios precoces do desenvolvimento, podendo ser detectadas pela primeira vez na metade da gastrulação. As CGP são células grandes, de citoplasma claro e núcleo grande e redondo, localizadas na parede do saco vitelino, perto do alantoide. Essas células possuem grande capacidade de proliferação e vão migrar desde o endoderma do intestino e o epitélio do saco vitelino, através do mesentério, até as cristas gonodais. Isso ocorre por volta do 26° dia da gestação no bovino. Sua migração realiza-se graças aos movimentos de translocação passiva e deslocamento ameboide ativo. Desconhece-se o mecanismo pelo qual estas células são dirigidas para as cristas gonodais, porém foram estudadas algumas moléculas que se expressam durante sua migração e que poderiam desempenhar um papel importante na diferenciação deste tipo celular. A fosfatase alcalina é uma enzima que tem sido usada como marcador de CGP para determinar a sua origem e migração. Num estudo recente, foi inserido um marcador fluorescente que se exprime unicamente nas células germinativas primordiais de embriões transgênicos, e utilizando este marcador e a fosfatase alcalina determinou-se a origem e o padrão de migração destas células. O primeiro sinal de diferenciação das células germinativas primordiais é a expressão de fosfatase alcalina, e esta apareceu pela primeira vez na parte mais posterior da linha primitiva. No sétimo dia de desenvolvimento no embrião do camundongo, o endoderma visceral (AF+) é substituído pelo endoderma definitivo (AF-) originado na parte anterior da linha primitiva. O fator de transcrição Oct-4 é expresso nas CGP de ambos os sexos, pelo que acredita-se estar envolvido na mantença a totipotêncialidade das células. O receptor tirosina quinase, cujo ligante é o fator de Steel, é outra das moléculas que expressam as CGP. Tem sido demonstrado que este receptor possui um papel muito importante na sobrevivência deste tipo celular. Existem outros fatores que promovem a sobrevivência e/ou proliferação de CGP in vitro. Em experiências realizadas com o fator de transformação beta I (TGFβ-I), observou-se que este tem um efeito negativo sobre a proliferação das CGP. Outra atividade que tem sido postulada a este fator é o de um agente quimioatraente que possivelmente possa direcionar a migração destas células para a gônada. a) Um formado pelas células germinativas primordiais (precursoras dos gametas masculinos ou femininos), rodeadas de células somáticas das quais posteriormente se derivarão as células de Sertoli no macho e as células da granulosa na fêmea. b) O tecido que formará o estroma da gônada: tecido conjuntivo, vasos sanguíneos e as células intersticiais com atividade esteroidogênica (células de Leydig no testículo e a teca interna do ovário). As células somáticas do primórdio gonodal originam-se do mesoderma. Inicialmente são de três tipos: mesenquimáticas, mesoteliais e endoteliais. As células mesenquimáticas e mesoteliais iniciam grande atividade proliferativa ao chegar as CGP. Observa-se então uma condensação de células de origem mesotelial e mesenquimatoso que forma um agregado compacto denominado "blastema gonodal". A partir deste primórdio embrionário, diferenciam-se dois tecidos gonodais: os cordões sexuais e o estroma. Os cordões sexuais são arranjos epiteliais que se encontram delimitados por uma folha basal, e dentro deles encontramos as CGP. Por sua vez, no estroma encontram-se células do tipo mesenquimático e vasos sanguíneos. Neste momento, as gônadas são indiferenciadas e bipotencialmente sexuais, sendo impossível diferenciar, morfologicamente, uma gônada masculina de uma feminina, mas no caso dos machos genéticos já existe uma diferenciação da gônada a nível molecular. Nesta fase já se encontram presentes as estruturas das quais se desenvolvem os dutos mesonéfricos ou de Wolff precursores do aparelho genital masculino e os dutos paramesonéfricos ou de Müller que darão origem ao aparelho reprodutor feminino. Há uma série de fatores envolvidos no desenvolvimento precoce da gônada, entre os quais o fator esteroidogênico I (SFI: Steroidogenic fator l), que é um membro da subfamília de receptores nucleares, receptores órfãos. Este fator de transcrição tem um local de ligação ao DNA composto por dois dedos-de-Zinc. O SFI foi identificado como um ativador de genes envolvidos na biossíntese de esteroides em diferentes células. O SFI está presente durante o desenvolvimento embrionário em regiões associadas com funções endócrinas como gônadas, adrenais, pituitárias e hipotálamos. Os animais homozigotos para o gene SFI defeituoso, necessitam de gônadas e adrenais e têm a função gonadotrófica alterada. Os ratos sem SFI carecem de gonadotrofos e têm um desenvolvimento anormal do núcleo ventro-medial do hipotálamo; em particular as gônadas deixam de se desenvolver entre os dias 11 a 15 e degeneram-se por apoptose. No entanto, a crista genital forma-se e é colonizada pelas células germinativas, o que indica que estas continuam a receber o sinal adequado para a sua migração. Portanto, o SFI não está envolvido no desenvolvimento precoce da gônada e do sistema urogenital, mas parece estar envolvido na manutenção do crescimento das células somáticas presentes na gônada indiferenciada. O gene associado ao tumor de Wilms (WTI: Wilm's tumor Associated) está envolvido no desenvolvimento da gônada e do rim. Durante o desenvolvimento embrionário, WTI se expressa em todo o mesoderma intermediário e posteriormente na gônada indiferenciada, bem como no rim em formação. WTI regula o sinal indutivo do mesênquima para o epitélio celômico dos mesonefros. Se este for o caso, então WTI é responsável pelo crescimento da crista genital ao dirigir a entrada do epitélio celômico. Dado que estas células darão origem às células de Sertoli, a carência de WTI pode causar o desenvolvimento de embriões XY como fêmeas simplesmente porque não se formam as células de Sertoli. Em geral, todos os genes importantes na diferenciação do mesoderma intermediário e do sistema urogenital intervêm no desenvolvimento da gônada precoce. 1.4 DIFERENCIAÇÃO GONODAL O desenvolvimento das gônadas e ductos genitais descritos até o momento, é o mesmo para ambos os sexos. Igualmente, os genes descritos, que estão envolvidos no desenvolvimento das gônadas, ductos genitais e migração das células germinativas, afetam igualmente os embriões com genótipo XX ou XY. A gônada primitiva consiste anatomicamente de uma medula (interna) e uma crosta (externa), e de acordo com o local onde ocorre a colonização das células germinativas, diferenciara em testículo ou um ovário, respectivamente. Nos mamíferos, a primeira manifestação estrutural de diferenciação sexual é detectada na gônada dos machos, onde as células germinativas estão localizadas na medula. A diferenciação do testículo inicia-se quando os cordões sexuais se separam do epitélio celômico como consequência dos arranjos produzidos por uma invasão do mesênquima e vasos sanguíneos que provoca a compactação dos cordões, agora denominados cordões testiculares. As células que rodeiam os cordões se achatam e formam as células mioides, que são responsáveis pela formação das membranas basais. As células do epitélio interno, ou seja, as células de Sertoli, têm duas funções principais: o suporte das CGP e a síntese da hormona antimulleriana, responsável pela regressão dos ductos de Müller e secretada durante o período de diferenciação sexual. As células do estroma que rodeiam os cordões testiculares diferenciam-se para formar vários tipos de células: células mioides, fibroblastos, endotélio e células de Leydig, que são as mais importantes pela sua atividade endócrina. Posteriormente, os cordões testiculares dão origem aos túbulos seminíferos, que contêm o epitélio que produzirá os espermatozoides ao chegar à puberdade. Na fêmea, durante os estágios iniciais de diferenciação gonodal, não se observam mudanças em relação à gônada indiferenciada, só pode-se observar um certo crescimento devido à proliferação de células somáticas e germinativas. As células germinativas iniciam um período de proliferação, que termina com o início da meiose. Iniciada a meiose, dá-se o processo de foliculogênese; neste momento os cordões epiteliais se fragmentam, de tal maneira que cada ovócito fica rodeado de células epiteliais cobertas por uma folha basal fina (figura 1). Para que a gônada primitiva se desenvolva em testículo é indispensável a presença do cromossoma Y, independentemente do número de cromossomas X que contenha o genoma de um indivíduo. O gene determinante do testículo encontra-se localizado no cromossoma Y, denominado sry em ratos e SRY em humanos. O gene sry se expressa durante o desenvolvimento embrionário na crista genital de embriões de camundongos. A expressão é detectável no dia 10,5, pouco depois do aparecimento das cristas genitais, atinge o seu máximo durante o dia 11,5 e mantém-se até pouco depois de ocorrerem os primeiros sinais morfológicos de diferenciação testicular no dia 12,5. Este padrão de expressão é compatível com a teoria de que sry atua induzindo a ativação dos genes (figura 2) que conduzem ao desenvolvimento testicular, sem que exista a necessidade da expressão contínua de sry para manter a diferenciação do testículo após o dia 12,5. Como mencionado anteriormente, a gônada primitiva é composta por vários tipos de células. No entanto, as células germinativas primordiais não são o local de expressão do sry, já que os embriões que necessitam de células germinativas mantêm a expressão de sry e desenvolvem o sexo gonodal normalmente. As células somáticas na gônada em desenvolvimento incluem também as células de suporte. Sabe-se que é nestas células que o sry é expresso para que se diferenciem em células de Sertoli, e a expressão transitória de sry indica que deve ativar a outros genes para a manutenção das células de Sertoli. Uma vez diferenciadas as células de Sertoli, elas se encarregarão da diferenciação do resto das células na gônada. -/- Figura 1: Representação da diferenciação dos órgãos genitais internos. Adaptado de BRONSON, 1989. Figura 2: Cascada de genes envolvidos na diferenciação sexual, adaptado de KOOPMAN, 1999. O fator sry é necessário para a diferenciação do testículo. Embora não se conheçam os genes que provavelmente regulam esse gene, estudos realizados em camundongos demonstram que este gene parece coordenar-se com certos genes autossômicos. Entre estes genes autossômicos, o sox9, que é produzido pelas células de Sertoli uma vez que são estimuladas por sry, de modo que sox9 é um dos genes relacionados estruturalmente com sry. O Sox9 funciona como um fator de transcrição, mas não se sabe se a proteína tem qualquer outra função estrutural; este gene exprime-se abundantemente nos condrócitos e está relacionado com defeitos do aparelho ósseo chamados displasia campomélica. Curiosamente, os pacientes XY com esta condição sofrem frequentemente de reversão do sexo. O Sox9 é um dos poucos genes, além do SRY, do qual as mutações demonstraram interferir com a determinação sexual masculina. No entanto, apenas 75% dos pacientes com anomalias esqueléticas de tipo displasia campomélica têm reversão sexual e não foram encontrados casos de reversão sexual devido a um defeito de Sox9 que não seja acompanhado de defeitos esqueléticos. Isso indica que o Sox9 é apenas um membro da rede de genes que são ativados para determinar a diferenciação sexual, enquanto a rota que rege a condrogênese é mais sensível a perturbações deste. O momento em que se detecta a expressão do gene Sox9 (11dpc em ratos) coincide com a máxima expressão de sry, o que poderia indicar a possibilidade de que sry regule positivamente a Sox9. De fato, na região do promotor de Sox9 há um local de união ao que potencialmente se pode unir o sry. A expressão de Sox9 durante a diferenciação sexual sugere um papel abaixo de sry na diferenciação das células de Sertoli. O cromossoma X também é importante na diferenciação gonodal. O gene DAX-I foi isolado do lócus DSS (Dosage sensitive sex reversal) do cromossoma X. DAX-I é parte da cascata de determinação sexual, mas não é necessário para a formação do testículo. DAX-I é um membro dos receptores nucleares conhecidos como receptores órfãos. Este gene demonstrou ser um poderoso repressor da transcrição de SFI e de vários genes. Os padrões de expressão de DAX-I são complementares daqueles de SFI, ambos expressos nas cristas genitais. Em resumo, dada a evidência exposta, desenvolveu-se a hipótese de que DAX-I é um antagonista de sry; esse antagonismo é dependente dos níveis relativos de DAX-I e sry e de um limiar que varia de espécie para espécie. A DAX-I foi classificada como o gene antitestículo. Na fêmea (cariótipo XX) é importante que ocorra a inativação de um dos cromossomas sexuais X para que se mantenha o equilíbrio genético ao igualar o conteúdo de DNA dos cromossomas. Esse cromossoma inativado constitui o chamado corpúsculo de Barr. No entanto, para que a meiose se realize, é necessário dos dois cromossomas X ativos nos ovócitos para assegurar a diferenciação ovárica e a fertilidade. 1.5 DIFERENCIAÇÃO DOS DUCTOS SEXUAIS O embrião possui, além das gônadas indiferenciadas, dois sistemas de ductos: os de potencialidade masculina denominam-se ductos de Wolff ou mesonéfricos, e os de potencialidade feminina se chamam ductos de Müller ou paramesonéfricos (figura 1). Se a diferenciação gonodal levou à formação de um testículo, a partir do ducto mesonéfrico ou de Wolff se desenvolverão os ductos eferentes, o epidídimo, os ductos deferentes e as vesículas seminais. As hormonas importantes no desenvolvimento do aparelho genital masculino são a testosterona, produzida pelas células de Leydig, e sua forma 5α reduzida, a 5α di-hidrotestosterona. Acredita-se que a testosterona é responsável pela virilização dos ductos de Wolff, e a di-hidrotestosterona dos órgãos genitais externos. No macho, os canais de Müller atrofiam-se devido à ação de uma hormona fetal de origem testicular denominada hormona inibidora das estruturas de Müller (HIM) ou hormona antimulleriana. Este processo começa assim que os cordões espermáticos se formam e se diferenciam as células de Sertoli. A existência de HIM foi proposta baseada em estudos realizados em bezerras freemartin, devido à existência de uma hormona responsável pela atresia dos ductos de Müller que na fêmea dá origem ao útero e aos ovidutos. Essa hormona provoca a involução do aparelho genital do bovino nas gestações gemelares nas quais os produtos de diferente sexo têm comunicação sanguínea por ter ocorrido a anastomose dos vasos de ambas as placentas (figura 3). A HIM é uma glicoproteína pertencente à subfamília de TGFβ, é expressa pelas células que darão origem às células de Sertoli e é um dos primeiros marcadores de diferenciação nestas células. A HIM é secretada na vida adulta pelas células de Sertoli no testículo e por células da granulosa no ovário. No rato a HIM é expressa-se no 12° dia em um teste padrão que segue muito de perto o aumento na expressão de sry. No macho, esta secreção de HIM continua durante a vida fetal e adulta, contudo os níveis de HIM declinam na puberdade devido a um aumento na secreção de testosterona. Vários fatores intervêm na regulação do gene de HIM, incluindo os acima descritos SFI e Sox9. O gene HIM contém segmentos de DNA que são conservados em várias espécies de vertebrados. Existe um nexo de ligação para SFI, que ativa a transcrição de HIM. A mutação no local de ligação de SFI resulta em reversão do sexo em indivíduos XY incluindo genitais femininos normais, presença de um útero formado enfatizando a importância de SFI na determinação sexual e na expressão de HIM. Embora SFI seja um bom candidato como regulador de HIM, é expresso em outras células, como as de Leydig e adrenais, que não expressam HIM. Em contrapartida, Sox9 é expresso unicamente nas células de Sertoli que são as produtoras de HIM. O gene HIM também tem um nexo de ligação para Sox9. Além disso, Sox9 pode atuar sinergicamente com SFI para promover a secreção de HIM. Ao contrário destes dois fatores de transcrição, DAX-I antagoniza a ação de Sox9 e provavelmente SFI sobre o promotor de HIM. Assim, para que as células de Sertoli secretem HIM, a transcrição de DAX-I deve diminuir. Figura 3: Representação da diferenciação dos órgãos genitais externos. Adaptado de BRONSON, 1989. Os ductos de Wolff tornam-se o sistema de ejaculação do macho. A porção mais próxima dos testículos dá origem ao epidídimo, a parte central ao ducto deferente e a porção mais distal às vesículas seminais. A próstata e a parte membranosa da uretra do macho desenvolvem-se a partir da porção pélvica do seio urogenital. A virilização e diferenciação dos ductos de Wolff dependem da produção de testosterona pelo testículo. Quanto aos órgãos genitais externos do macho, o tubérculo genital é ampliado e as dobras uretrais se fundem para formar a uretra peniana. A fusão das dobras uretrais aproxima os tubérculos genitais para formar o escroto (figura 4). Figura 4: Diferenciação do aparelho genital da fêmea e do macho. Adaptado de KOOPMAN, 1989. A diferenciação dos órgãos genitais da fêmea ocorre de forma passiva, já que a ausência de testículos e por isso da hormona inibidora dos ductos de Müller (HIM), assim como dos andrógenos virilizantes, favorece o desenvolvimento dos ductos de Müller, enquanto os de Wolff sofrem atrofia. A porção cefálica dos ductos de Müller dá origem aos ovidutos, que na sua terminação caudal se fundem com o útero. O contato dos ductos de Müller com o seio urogenital induz uma intensa proliferação celular que resulta na formação da área uterovaginal localizado entre o seio urogenital e os ductos de Müller. As células do prato uterovaginal proliferam e aumentam a distância entre as duas estruturas criando o espaço que formará a vagina quando o prato é canalizado e forma um lúmen. Em contraste com o que ocorre no macho, na fêmea a maior parte do seio urogenital se mantém exposta na superfície da abertura onde desembocam a vagina e a uretra. O tubérculo urogenital da fêmea tem um crescimento limitado e forma o clitóris. A sequência de passos da diferenciação sexual do aparelho genital é resumida na tabela 1. Tabela 1: Destino em desenvolvimento dos rudimentos sexuais dos fetos macho e fêmea dos mamíferos -/- Rudimento sexual Macho Fêmea Gônada Testículo Ovário Ductos de Müller (Paramesonéfricos) Vestígios Útero, parte da vagina, ovidutos Ductos de Wolff (Mesonéfricos) Ductos eferentes deferentes, epidídimo, vesículas seminais Vestígios Seio urogenital Uretra, próstata, glândulas bulbouretrais Parte da vagina, uretra, vestíbulo, glândulas vestibulares Tubérculo genital Pênis Clitóris Pregas vestibulares Escroto Lábios vulvares Fonte: HAFEZ, 2004. 1.6 DIFERENCIAÇÃO SEXUAL DO HIPOTÁLAMO Os processos de diferenciação sexual não se limitam apenas às células somáticas do organismo do feto, mas incluem também os centros nervosos superiores do cérebro. Assim, da mesma maneira que a gônada e os ductos sexuais se desenvolvem para o tipo feminino ou masculino, propôs-se que o cérebro pode ser "masculinizado" ou permanecer "Feminizado". A diferenciação do hipotálamo vai depender do ambiente esteroidal do neonato e ocorre na fase perinatal. Estes eventos serão de grande transcendência na vida reprodutiva do indivíduo. Tanto a fêmea como o macho nascem com a capacidade de secreção de gonadotropinas de acordo com um padrão cíclico; contudo, no macho, a exposição do hipotálamo à ação dos andrógenos testiculares durante os primeiros dias da vida extrauterina provoca a masculinização, com o qual o hipotálamo do macho é programado para que a secreção de gonadotropinas se realize a um ritmo relativamente constante por parte da hipófise (secreção tônica). Na fêmea, tanto a secreção tônica como a cíclica se conservam. No entanto, observou-se que a injeção de testosterona ou o transplante de testículo na rata fêmea durante os primeiros dias de vida, suprime a sua futura atividade estral (secreção cíclica). Por outro lado, se os ovários forem transplantados para o rato macho normal castrado na idade adulta, o animal não desenvolve qualquer atividade cíclica, mas se os machos transplantados forem castrados ao nascer, o ovário é capaz de efetuar mudanças cíclicas e ovulações. Isto foi demonstrado em roedores, mas não em animais domésticos ou na espécie humana. Portanto, o padrão de secreção de gonadotropinas, seja cíclico ou tônico, não depende da hipófise, mas do hipotálamo e sua correta diferenciação. 1.7 CONCLUSÕES A maioria dos conhecimentos no campo da biologia do desenvolvimento e, muito especificamente, dos processos de diferenciação sexual têm sido originados de estudos relacionados com desordens congênitas, que na sua maioria devem-se a defeitos de genes específicos. A análise detalhada destas desordens permitiu entender alguns mecanismos endócrinos, moleculares e genéticos envolvidos na diferenciação sexual. A identificação do gene sry como determinante do testículo foi uma contribuição crucial e abriu as portas à compreensão dos mecanismos moleculares e celulares relacionados com o desenvolvimento do testículo. Se este gene não estiver presente, é criado um programa genético alternativo para levar a cabo a diferenciação gonodal para o ovário. Finalmente, devemos ter presente que é necessária uma correlação entre mudanças morfológicas e expressão de genes durante o desenvolvimento para entender os mecanismos relacionados com a diferenciação. -/- Apoio -/- Realização -/- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDERSON, Robert et al. The onset of germ cell migration in the mouse embryo. Mechanisms of development, v. 91, n. 1-2, p. 61-68, 2000. AUSTIN, Colin Russell; SHORT, R. V. Reproduction in Mammals: Volume 1, Germ Cells and Fertilization. Londres: Cambridge University Press, 1972. BRONSON, Franklin H. Mammalian reproductive biology. Chicago: University of Chicago Press, 1989. BUEHR, Mia. The primordial germ cells of mammals: some current perspectives. Experimental cell research, v. 232, n. 2, p. 194-207, 1997. BYSKOV, Anne G. Differentiation of mammalian embryonic gonad. Physiological reviews, v. 66, n. 1, p. 71-117, 1986. CAPEL, Blanche et al. Migration of mesonephric cells into the mammalian gonad depends on Sry. Mechanisms of development, v. 84, n. 1-2, p. 127-131, 1999. CAPEL, Blanche. The battle of the sexes. Mechanisms of development, v. 92, n. 1, p. 89-103, 2000. DERIVAUX, Jules; BARNABÉ, Renato Campanarut. Reprodução dos animais domésticos. Zaragoza: Acribia, 1980. DOMENICE, Sorahia et al. Aspectos moleculares da determinação e diferenciação sexual. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 46, n. 4, p. 433-443, 2002. DONAHOE, Patricia K. et al. Mullerian inhibiting substance activity in bovine fetal, newborn and prepubertal testes. Biology of reproduction, v. 16, n. 2, p. 238-243, 1977. HAFEZ, Elsayed Saad Eldin; HAFEZ, B. Reprodução animal. São Paulo: Manole, 2004. HANLEY, Neil A. et al. Steroidogenic factor 1 (SF-1) is essential for ovarian development and function. Molecular and cellular endocrinology, v. 163, n. 1-2, p. 27-32, 2000. HIORT, Olaf; PAUL-MARTIN, H. The molecular basis of male sexual differentiation. European journal of endocrinology, v. 142, n. 2, p. 101-110, 2000. HOLY, Lubos; MARTÍNEZ JÚSTIZ, G. Colab. Biología de la reproducción bovina. Havana: Revolucionária, 1975. JOSSO, Nathalie et al. The role of anti-Müllerian hormone in gonadal development. Molecular and cellular endocrinology, v. 145, n. 1-2, p. 3-7, 1998. JOST, Alfred et al. Studies on sex differentiation in mammals. In: Proceedings of the 1972 Laurentian Hormone Conference. Londres: Academic Press, 1973. p. 1-41. KNOBIL, Ernst. Knobil and Neill's physiology of reproduction. EUA: Gulf Professional Publishing, 2006. KOFMAN ALFARO, S.; MERCHANT LARIOS, H.; PEREZ PALACIOS, G. Diferenciacion sexual. I. Bases biologicas del dimorfismo sexual. Rev. invest. clín, p. 349-59, 1982. KOOPMAN, Peter. Sry and Sox9: mammalian testis-determining genes. Cellular and Molecular Life Sciences CMLS, v. 55, n. 6-7, p. 839-856, 1999. MCDONALD, L. E. Veterinary endocrinology. Lea & Febiger, Philadelphia, Pa, 1969. MEIZEL, S.; JOHNSON, M. H. Development in mammals. MH Johnson, Ed, v. 3, p. 1-64, 1978. MELLO, Maricilda Palandi de; ASSUMPÇÃO, Juliana de G.; HACKEL, Christine. Genes envolvidos na determinação e diferenciação do sexo. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, v. 49, n. 1, p. 14-25, 2005. -/- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MERCHANT-LARIOS, H. Ovarian differentiation. The Vertebrate Ovary, p. 47-81, 1978. MIES FILHO, Antonio. Reprodução dos animais. Porto Alegre: Sulina, 1987. NEF, Serge; PARADA, Luis F. Hormones in male sexual development. Genes & Development, v. 14, n. 24, p. 3075-3086, 2000. PARKER, Keith L.; SCHEDL, Andreas; SCHIMMER, Bernard P. Gene interactions in gonadal development. Annual review of physiology, v. 61, n. 1, p. 417-433, 1999. SWAIN, Amanda; LOVELL-BADGE, Robin. Mammalian sex determination: a molecular drama. Genes & development, v. 13, n. 7, p. 755-767, 1999. WILHELM, Dagmar; PALMER, Stephen; KOOPMAN, Peter. Sex determination and gonadal development in mammals. Physiological reviews, v. 87, n. 1, p. 1-28, 2007. WILSON, Jean D.; GRIFFIN, James E.; GEORGE, Fredrick W. Sexual differentiation: early hormone synthesis and action. Biology of reproduction, v. 22, n. 1, p. 9-17, 1980. -/- Emanuel Isaque Cordeiro da Silva Belo Jardim, 07 de Maio de 2020. (shrink)

The following is a transcript of the interview I (Yasuko Kitano) conducted with Neil Levy (The Centre for Applied Philosophy and Public Ethics, CAPPE) on the 23rd in July 2009, while he was in Tokyo to give a series of lectures on neuroethics at The University of Tokyo Center for Philosophy. I edited his words for publication with his approval.

Leslie Allan demonstrates how human rights are unproblematic for utilitarian moral theory and how, upon consideration, utilitarianism turns out to be the best theory for justifying human rights. Using case studies of historical and contemporary human rights conventions and recent psychological research, he argues how our concept of human rights is founded on the satisfaction of fundamental human needs and the consequences for human happiness.

This paper offers an overview of "the species problem", arguing for a view of species as homeostatic property cluster kinds, positioning the resulting form of realism about species as an alternative to the claim that species are individuals and pluralistic views of species. It draws on taxonomic practice in the neurosciences, especially of neural crest cells and retinal ganglion cells, to motivate both the rejection of the species-as-individuals thesis and species pluralism.

I defend ethical hedonism, the view that pleasure is the sole good thing, by arguing that it offers the only answer to an argument for moral skepticism. The skeptical problem arises from widespread fundamental moral disagreement, which entails the presence of enough moral error to undermine the reliability of most processes generating moral belief. We know that pleasure is good through the reliable process of phenomenal introspection, which reveals what our experiences are like. If knowing of pleasure’s goodness through phenomenal (...) introspection is the only reliable way to form our initial moral beliefs, we should accept ethical hedonism. (shrink)

Jim Joyce argues for two amendments to probabilism. The first is the doctrine that credences are rational, or not, in virtue of their accuracy or “closeness to the truth” (1998). The second is a shift from a numerically precise model of belief to an imprecise model represented by a set of probability functions (2010). We argue that both amendments cannot be satisfied simultaneously. To do so, we employ a (slightly-generalized) impossibility theorem of Seidenfeld, Schervish, and Kadane (2012), who show that (...) there is no strictly proper scoring rule for imprecise probabilities. -/- The question then is what should give way. Joyce, who is well aware of this no-go result, thinks that a quantifiability constraint on epistemic accuracy should be relaxed to accommodate imprecision. We argue instead that another Joycean assumption — called strict immodesty— should be rejected, and we prove a representation theorem that characterizes all “mildly” immodest measures of inaccuracy. (shrink)

Two prevalent assumptions in the philosophy of sport literature are that all sports are games and that all games are contests, meant to determine who is the better at the skills definitive of the sport. If these are correct, it would follow that all sports are contests and that a range of sporting activities, including nature sports, are not in fact sports at all. This paper first confronts the notion that sport and games must seek to resolve skill superiority through (...) consideration of sport activities that have no such aim. The reduction of sport to game is also shown to be untenable and due to misunderstanding the point of sport activities, specifically, why people engage in them. This leads to reconsideration of the dominance of an instrumental conception of sport and the pursuit of excellence as anthropomaximising efficiency. The Norwegian tradition of frilutsliv is explored as a counterpoint to both conventional and nature sport. (shrink)

We can infer moral conclusions from nonmoral evidence using a three-step procedure. First, we distinguish the processes generating belief so that their reliability in generating true belief is statistically predictable. Second, we assess the processes’ reliability, perhaps by observing how frequently they generate true nonmoral belief or logically inconsistent beliefs. Third, we adjust our credence in moral propositions in light of the truth ratios of the processes generating beliefs in them. This inferential route involves empirically discovering truths of the form (...) “Process P, which generates belief in moral proposition M, has truth ratio T", and using them to discover probabilities for moral propositions. The inferential route is noncircular, and progress along it is driven fundamentally by induction. (shrink)

This open-access editorial discusses confronting silences in different disciplinary contexts, such as science and technology studies, cultural anthropology, and philosophy. It has a focus on race and concludes with thoughts about Indigenous expertise, the Australian referendum on the Indigenous Voice, to parliament, and racism.

This paper is an examination of the concept of recognition and its connection with identity and respect. This is related to the question of how women are or are not adequately recognised or respected for their achievements in sport and whether eliminating sex segregation in sport is a solution. This will require an analysis of the concept of excellence in sport, as well as the relationship between fairness and inclusion in an activity that is fundamentally about bodily movement. I argue (...) that attempts to address the problem of women’s recognition in sport need to do so in ways that neither eliminate sport as a fairness regulated system for developing individual excellence in bodily movement nor that prevent women’s achievement of sporting excellence, with the regard that belongs to them. Doing this requires us to decide whether sport is about champions or about individual excellence. (shrink)

This paper presents the Universality Argument that pleasure is goodness. The first premise defines goodness as what should please all. The second premise reduces 'should' to perceptual accuracy. The third premise invokes a universal standard of accuracy: qualitative identity. Since the pleasure of all is accurate solely about pleasure, pleasure is goodness, or universal moral value. The argument proceeds from a moral sense theory that analyzes moral concepts as concerned with what all should hope for, feel guilty about, and admire. (...) This requires rejecting practical anti-empiricism, the view that moral judgment concerns empirically inaccessible norms governing action. (shrink)

In this paper I argue that the explanationist argument in favour of moral realism fails. According to this argument, the ability of putative moral properties to feature in good explanations provides strong evidence for, or entails, the metaphysical claims of moral realism. Some have rejected this argument by denying that moral explanations are ever good explanations. My criticism is different. I argue that even if we accept that moral explanations are (sometimes) good explanations the metaphysical claims of realism do not (...) follow. (shrink)

The document Justice in the World, released in 1971 by the World Synod of Bishops, is an excellent basis for thinking about pedagogical practice in Ignatian higher education as a constellation of acts of justice. I describe here my personal experience (as an ambiguously Catholic faculty member) of teaching an upper division ethics course in the core curriculum and contextualize it in terms both of Ignatius’ Spiritual Exercises and the 1971 Synod document.

In this address, Leslie Allan shares his early experiences and how they shape his humanist outlook today. He then outlines what he considers to be the three core principles underlying the humanist world view and illustrates their application with historical and contemporary examples. He concludes by drawing upon each of these principles to tease out what it means to live a good life; a life of meaning and purpose.

Where does the mind begin and end? Most philosophers and cognitive scientists take the view that the mind is bounded by the skull or skin of the individual. Robert Wilson, in this provocative and challenging 2004 book, provides the foundations for the view that the mind extends beyond the boundary of the individual. The approach adopted offers a unique blend of traditional philosophical analysis, cognitive science, and the history of psychology and the human sciences. The companion volume, Genes and (...) the Agents of Life, explores the theme in the biological sciences. Written with verve and clarity, this ambitious book will appeal to a broad swathe of professionals and students in philosophy, psychology, cognitive science, and the history of the behavioural and human sciences. You can download the table of contents here. (shrink)

We explain and explore class-theoretic potentialism—the view that one can always individuate more classes over a set-theoretic universe. We examine some motivations for class-theoretic potentialism, before proving some results concerning the relevant potentialist systems (in particular exhibiting failures of the $\mathsf {.2}$ and $\mathsf {.3}$ axioms). We then discuss the significance of these results for the different kinds of class-theoretic potentialists.

This tutorial is for beginners wanting to learn the basics of propositional logic; the simplest of the formal systems of logic. Leslie Allan introduces students to the nature of arguments, validity, formal proofs, logical operators and rules of inference. With many examples, Allan shows how these concepts are employed through the application of three different methods for proving the formal validity of arguments.

The rightness and wrongness of actions fits on a continuous scale. This fits the way we evaluate actions chosen among a diverse range of options, even though English speakers don’t use the words “righter” and “wronger”. I outline and defend a version of scalar consequentialism, according to which rightness is a matter of degree, determined by how good the consequences are. Linguistic resources are available to let us truly describe actions simply as right. Some deontological theories face problems in accounting (...) for degrees of rightness, as they don't invoke continuous parameters among the right-making features of action. (shrink)

According to Bernard Williams, if it is true that A has a normative reason to Φ then it must be possible that A should Φ for that reason. This claim is important both because it restricts the range of reasons which agents can have and because it has been used as a premise in an argument for so-called ‘internalist’ theories of reasons. In this paper I rebut an apparent counterexamples to Williams’ claim: Schroeder’s example of Nate. I argue that this (...) counterexample fails since it underestimates the range of cases where agents can act for their normative reasons. Moreover, I argue that a key motivation behind Williams’ claim is compatible with this ‘expansive’ account of what it is to act for a normative reason. (Published with Open Access.). (shrink)

In this paper I argue that the common practice of employing moral predicates as explaining phrases can be accommodated on an expressivist account of moral practice. This account does not treat moral explanations as in any way second-rate or derivative, since it subsumes moral explanations under the general theory of program explanations (as defended by Jackson and Pettit). It follows that the phenomenon of moral explanations cannot be used to adjudicate the debate between expressivism and its rivals.

Heidegger’s ontological views, his observations about liberalism and fascism, and his evaluative commitments are three premises of an argument for fascism. The ontological premise is that integrated wholes and objects of a creator or user’s will are ontologically superior, as Being and Time suggests in discussing Being-a-whole, creating art, and using equipment. The social premise is that fascist societies are wholes integrated by dictatorial will, while liberal societies are looser aggregates of free individuals, as Heidegger describes in his 1930s seminars. (...) The evaluative premise, shared with the medieval tradition and expressed in his notebook remarks about war, is that ontological superiority makes things better. The conclusion that fascism is better than liberalism should be rejected along with the evaluative premise. (shrink)

This paper explores connections between theories of morality and theories of properties. It argues that (1) moral realism is in tension with predicate, class and mereological nominalism; (2) moral non-naturalism is incompatible with standard versions of resemblance nominalism, immanent realism and trope theory; and (3) the standard semantic arguments for property realism do not support moral realism. I also raise doubts about trope-theoretic explanations of moral supervenience and argue against one version of the principle that we should accept theories that (...) maintain neutrality. (shrink)

In this paper we sketch a new version of aesthetic expressivism. We argue that one advantage of this view is that it explains various putative norms on the formation and revision of aesthetic judgement. We begin by setting out our proposed explananda and a sense in which they can be understood as governing the correct response to putative higher-order evidence in aesthetics. We then summarise some existing discussions of expressivist attempts to explain these norms, and objections raised to them. This (...) will allow us to identify the pitfalls that a good expressivist explanation needs to avoid. Finally, we sketch our preferred version of aesthetic expressivism which includes as a crucial part a hypothesis concerning the distinctive expressive function of aesthetic practice. We then consider how this theory can explain the putative aesthetic norms whilst avoiding the previous objections. (shrink)

A dynamical system is called chaotic if small changes to its initial conditions can create large changes in its behavior. By analogy, we call a dynamical system structurally chaotic if small changes to the equations describing the evolution of the system produce large changes in its behavior. Although there are many definitions of “chaos,” there are few mathematically precise candidate definitions of “structural chaos.” I propose a definition, and I explain two new theorems that show that a set of models (...) is structurally chaotic if it contains a chaotic function. I conclude by discussing the relationship between structural chaos and structural stability. (shrink)

Math prospective teachers must be able to think creatively and solve problems. The study looked into preservice teachers’ creative thinking and problem-solving abilities in statistics. The investigation was guided by a correlational design in a public university in the Philippines. Stratified random sampling was used to select the 103 study participants from two teacher education programs. Through google forms, data were collected using Torrance et al. (2008)’s tests of creative thinking and researcher-made statistics problem test. The findings revealed that preservice (...) teachers have commendable creative thinking, particularly fluency, flexibility, and elaboration skills. Still, they lack problem-solving skills in statistics, specifically with central tendency, dispersion, and position measures. The correlational analysis revealed no link between creative thinking and problem-solving. Still, creative thinking and problem-solving courses are recommended to help preservice teachers develop their fundamental skills as mathematics educators. (shrink)

Many expressivists have employed a claim about the practicality of morality in support of their view that moral convictions are not purely descriptive mental states. In this paper I argue that all extant arguments of this form fail. I distinguish several versions of such arguments and argue that in each case either the sense of practicality the argument employs is too weak, in which case there is no reason to think that descriptive states cannot be practical or the sense of (...) practicality the argument employs is too strong, in which case there is no reason to think moral convictions are practical. I also discuss and dismiss an attempted patch of such arguments provided by Humean Psychology. The conclusion is that expressivists need to look to sources other than the alleged practicality of morality to support their position. In concluding remarks I suggest one such alternative. (shrink)

Philosophers from Hart to Lewis, Johnston and Bennett have expressed various degrees of reservation concerning the doctrine of double effect. A common concern is that, with regard to many activities that double effect is traditionally thought to prohibit, what might at first look to be a directly intended bad effect is really, on closer examination, a directly intended neutral effect that is closely connected to a foreseen bad effect. This essay examines the extent to which the commonsense concept of intention (...) supports a reasonably consistent and coherent application of double effect. Two important conclusions are these: (1) a number of traditionally proscribed activities involve a kind of “targeting” of innocents that can be taken to exhibit a direct intention to harm them; (2) a direct intention to harm need not involve a desire to harm in any ordinary sense of the latter expression. (shrink)

Excellence in sport performance is normally taken to be a matter of superior performance of physical movements or quantitative outcomes of movements. This paper considers whether a wider conception can be afforded by certain kinds of nature based sport. The interplay between technical skill and aesthetic experience in nature based sports is explored, and the extent to which it contributes to a distinction between different sport-based approaches to natural environments. The potential for aesthetic appreciation of environmental engagement is found to (...) be strongly dependent on whether or not environmental engagement is exploited for the end of producing a quantifiable result or enhancing technical skill. It is also argued that an existential rather than spectatorial attitude to aesthetic experience is offered by specifically nature oriented sport. Aesthetic experience achieved in this way is therefore neither passive nor detached, but extends Berleant's concept of participatory environmental aesthetics and underpins both an alternate (wide) conception of excellence in sport activity and a richer experience of aesthetic engagement than more objectivised standpoints. (shrink)

A number of concerns have been raised about the possible future use of pharmaceuticals designed to enhance cognitive, affective, and motivational processes, particularly where the aim is to produce morally better decisions or behavior. In this article, we draw attention to what is arguably a more worrying possibility: that pharmaceuticals currently in widespread therapeutic use are already having unintended effects on these processes, and thus on moral decision making and morally significant behavior. We review current evidence on the moral effects (...) of three widely used drugs or drug types: propranolol, selective serotonin reuptake inhibitors, and drugs that effect oxytocin physiology. This evidence suggests that the alterations to moral decision making and behavior caused by these agents may have important and difficult-to-evaluate consequences, at least at the population level. We argue that the moral effects of these and other widely used pharmaceuticals warrant further empirical research and ethical analysis. (shrink)

The moral belief problem is that of reconciling expressivism in ethics with both minimalism in the philosophy of language and the syntactic discipline of moral sentences. It is argued that the problem can be solved by distinguishing minimal and robust senses of belief, where a minimal belief is any state of mind expressed by sincere assertoric use of a syntactically disciplined sentence and a robust belief is a minimal belief with some additional property R. Two attempts to specify R are (...) discussed, both based on the thought that beliefs are states that aim at truth. According to the first, robust beliefs are criticisable to the extent that their content fails to match the state of the world. This sense fails to distinguish robust beliefs from minimal beliefs. According to the second, robust beliefs function to have their content match the state of the world. This sense succeeds in distinguishing robust beliefs from minimal beliefs. The conclusion is that the debate concerning the cognitive status of moral convictions needs to address the issue of the function of moral convictions. Evolutionary theorising may be relevant, but will not be decisive, in answering this question. (shrink)

This essay defends a strong version of the Humean theory of motivation on which desire is necessary both for motivation and for reasoning that changes our desires. Those who hold that moral judgments are beliefs with intrinsic motivational force need to oppose this view, and many of them have proposed counterexamples to it. Using a novel account of desire, this essay handles the proposed counterexamples in a way that shows the superiority of the Humean theory. The essay addresses the classic (...) objection that the Humean theory cannot explain the feeling of obligation, Stephen Darwall's example of motivationally potent reasoning that is not based on preexisting desires, Thomas Scanlon's criticism that the Humean theory fails to account for the structure and phenomenology of deliberation, and the phenomenon of akrasia as discussed by John Searle. In each case a Humean account explains the data at least as thoroughly as opposing views can, while fitting within a simpler total account of how we deliberate and act. (shrink)

Recent work in neuroimaging suggests that some patients diagnosed as being in the persistent vegetative state are actually conscious. In this paper, we critically examine this new evidence. We argue that though it remains open to alternative interpretations, it strongly suggests the presence of consciousness in some patients. However, we argue that its ethical significance is less than many people seem to think. There are several different kinds of consciousness, and though all kinds of consciousness have some ethical significance, different (...) kinds underwrite different kinds of moral value. Demonstrating that patients have phenomenal consciousness — conscious states with some kind of qualitative feel to them — shows that they are moral patients, whose welfare must be taken into consideration. But only if they are subjects of a sophisticated kind of access consciousness — where access consciousness entails global availability of information to cognitive systems — are they persons, in the technical sense of the word employed by philosophers. In this sense, being a person is having the full moral status of ordinary human beings. We call for further research which might settle whether patients who manifest signs of consciousness possess the sophisticated kind of access consciousness required for personhood. (shrink)

I argue that one intends that ϕ if one has a desire that ϕ and an appropriately related means-end belief. Opponents, including Setiya and Bratman, charge that this view can't explain three things. First, intentional action is accompanied by knowledge of what we are doing. Second, we can choose our reasons for action. Third, forming an intention settles a deliberative question about what to do, disposing us to cease deliberating about it. I show how the desire- belief view can explain (...) why these phenomena occur when they occur, and why they don't when they don't. (shrink)

Causal exclusion arguments are taken to threaten the autonomy of the special sciences, and the causal efficacy of mental properties. A recent line of response to these arguments has appealed to “independently plausible” and “well grounded” theories of causation to rebut key premises. In this paper I consider two papers which proceed in this vein and show that they share a common feature: they both require causes to be proportional to their effects. I argue that this feature is a bug, (...) and one that generalises: any attempt to rescue the autonomy of the special sciences, or the efficacy of the mental, from exclusion worries had better not look to proportionality for help. (shrink)

This essay presents an ideal for modern Western romantic love.The basic ideas are the following: people want to form a distinctive sort of plural subject with another, what Nozick has called a "We", they want to be loved for properties of certain kinds, and they want this love to establish and sustain a special sort of commitment to them over time.

Propositionalism is the view that the contents of intentional attitudes have a propositional structure. Objectualism opposes propositionalism in allowing the contents of these attitudes to be ordinary objects or properties. Philosophers including Talbot Brewer, Paul Thagard, Michelle Montague, and Alex Grzankowski attack propositionalism about such attitudes as desire, liking, and fearing. This article defends propositionalism, mainly on grounds that it better supports psychological explanations.

This article articulates and assesses an imperatival approach to the foundations of mathematics. The core idea for the program is that mathematical domains of interest can fruitfully be viewed as the outputs of construction procedures. We apply this idea to provide a novel formalisation of arithmetic and set theory in terms of such procedures, and discuss the significance of this perspective for the philosophy of mathematics.

Actions performed in a state of automatism are not subject to moral evaluation, while automatic actions often are. Is the asymmetry between automatistic and automatic agency justified? In order to answer this question we need a model or moral accountability that does justice to our intuitions about a range of modes of agency, both pathological and non-pathological. Our aim in this paper is to lay the foundations for such an account.

I argue that if David Lewis’ modal realism is true, modal realists from different possible worlds can fall in love with each other. I offer a method for uniquely picking out possible people who are in love with us and not with our counterparts. Impossible lovers and trans-world love letters are considered. Anticipating objections, I argue that we can stand in the right kinds of relations to merely possible people to be in love with them and that ending a trans-world (...) relationship to start a relationship with an actual person isn't cruel to one's otherworldly lover. (shrink)

This collection of original essays--by philosophers of biology, biologists, and cognitive scientists--provides a wide range of perspectives on species. Including contributions from David Hull, John Dupre, David Nanney, Kevin de Queiroz, and Kim Sterelny, amongst others, this book has become especially well-known for the three essays it contains on the homeostatic property cluster view of natural kinds, papers by Richard Boyd, Paul Griffiths, and Robert A. Wilson.

This paper responds to Kevin Krein’s claim in that the particular value of nature sports over traditional ones is that they offer intensity of sport experience in dynamic interaction between an athlete and natural features. He denies that this intensity is derived from competitive conflict of individuals and denies that nature sport derives its value from internal conflict within the athlete who carries out the activity. This paper responds directly to Krein by analysing ‘intensity’ in sport in terms of the (...) relationship between attention and reflection and the interaction between self and environment. I reply directly to Krein’s rejection of self-competition as based on a mischaracterisation of internal struggle and argue that the weighing of incompatible desires does not involve a fragmented self. I argue that the unique intensity to which Krein refers is strongly comparable to the Kantian conception of the sublime and explore how sublime experience fits Krein’s account and outline some serious problems that such an ideal of experience poses for nature sport. (shrink)

Daniel Dennett has offered a set of necessary and sufficient conditions for something's being the proper object of our moral commitment, that is, for something's being a person. Strict application of these largely pragmatic conditions, however, would result in a moral community with quite a surprising membership roster, because of both who is on it and who isn't. The problem is that "your" being a person should amount to more than a function of "my" goals and cleverness.

This paper argues that qualia share their physical correlates' locations. The first premise comes from the theory of relativity: If something shares a time with a physical event in all reference frames, it shares that physical event’s location. The second premise is that qualia share times with their correlates in all reference frames. Having qualia and correlates share locations makes relations between them easier to explain, improving both physicalist and dualist theories.

The impressive variation amongst biological individuals generates many complexities in addressing the simple-sounding question what is a biological individual? A distinction between evolutionary and physiological individuals is useful in thinking about biological individuals, as is attention to the kinds of groups, such as superorganisms and species, that have sometimes been thought of as biological individuals. More fully understanding the conceptual space that biological individuals occupy also involves considering a range of other concepts, such as life, reproduction, and agency. There has (...) been a focus in some recent discussions by both philosophers and biologists on how evolutionary individuals are created and regulated, as well as continuing work on the evolution of individuality. (shrink)

This volume of twelve specially commissioned essays about species draws on the perspectives of prominent researchers from anthropology , botany, developmental psychology , the philosophy of biology and science, protozoology, and zoology . The concept of species has played a focal role in both evolutionary biology and the philosophy of biology , and the last decade has seen something of a publication boom on the topic (e.g., Otte and Endler 1989; Ereshefsky 1992b; Paterson 1994; lambert and Spence 1995; Claridge, Dawah, (...) and Wilson 1997; Wheeler and Meier 1999; Howard and Berlocher 1998). (shrink)

In this chapter, we argue for three theses: (1) we lack the power to form beliefs at will (i.e., directly); at very least, we lack the power to form at will beliefs of the kind that proponents of doxastic voluntarism have in mind; but (2) we possess a propensity to form beliefs for non-epistemic reasons; and (3) these propensities—once we come to know we have them—entail that we have obligations similar to those we would have were doxastic voluntarism true. Specifically, (...) we will argue that we have obligations to avoid triggering these propensities to form beliefs that are unwarranted or even immoral. (shrink)